Gestão Hospitalar

SAIBA QUAIS SÃO OS EVENTOS ADVERSOS E ERROS MÉDICOS MAIS COMUNS

Um evento adverso consiste em situações inadequadas que ocorrem no ambiente clínico e hospitalar e podem estar relacionadas à conduta médica ou de outros profissionais de saúde. Podem causar danos ao paciente ou contribuir significativamente para a morte do indivíduo.

Devido à sua complexidade, é possível levantar os erros médicos mais comuns, estabelecer medidas protetivas para checagem e avaliação do paciente bem como elaborar intervenções para prevenir a ocorrência.

Além disso, é fundamental instituir a política de responsabilidade coletiva a fim de identificar mais facilmente os erros, propor mudanças multiprofissionais e diminuir gradativamente as falhas evitáveis.

Quer saber quais são os principais eventos adversos e erros médicos mais comuns? Então, fique por aqui e descubra.

Erros de dosagem

A interpretação da prescrição médica é um dos pontos nevrálgicos que podem ajudar na recuperação da condição clínica do paciente ou contribuir para complicações não previstas durante a internação.

Isso porque a legibilidade, quando é dificultada, pode trazer informações incorretas, incompletas ou de dupla interpretação, aumentando a ocorrência de problemas clínicos, procedurais e medicamentosos.

Dentre eles se destaca o erro de dosagem, quando a descrição da apresentação do medicamento na prescrição não condiz com os dados informados pelo fabricante ou não é padronizado na instituição hospitalar.

Outros pontos desse erro médico inclui a dosagem não adequada ao perfil do paciente, sem avaliar aspectos relacionados à metabolização e excreção do medicamento prescrito ou outras considerações relacionadas ao modo de administrar.

Análise equivocada de exames

A leitura dos resultados de um exame laboratorial deve ser mais ampla do que simplesmente verificar se os parâmetros estão dentro da normalidade. É importante analisar outros aspectos como a condição clínica e as referências internacionais.

Além disso, é preciso considerar informações sobre a forma de coleta, os medicamentos usados previamente que possam interferir no resultado final, o uso de bebidas alcoólicas, além da realização de exercícios físicos.

Assim como é crucial estabelecer uma linha temporal entre os últimos exames, fazer uma análise das alterações ao longo dos resultados e estabelecer conexões com o diagnóstico sugerido.

Realização de cirurgias “brancas”

O procedimento cirúrgico é visto pela maioria dos profissionais como o último recurso terapêutico, devido à complexidade inerente ao processo. Sendo assim, outras medidas devem ser implementadas previamente, salvo em casos de emergência.

Acontece que muitos médicos optam por indicar cirurgias que são consideradas desnecessárias conforme o perfil clínico do paciente, que podem ocasionar riscos clínicos e medicamentosos sem precedentes.

Considerando as implicações emocionais desse procedimento, quando desnecessário, somam-se também a exposição aos anestésicos, a recuperação pós-cirúrgica e a adaptação à nova rotina.

Uso de medicamentos desnecessários

A prescrição de medicamentos é uma prática comum, mas deve ser avaliada cuidadosamente para evitar duplicidade terapêutica, maior incidência de reações adversas e interações medicamentosas.

Além disso, é frequente o uso de remédios para tratar reações adversas, mas do ponto de vista farmacológico, isso é algo incoerente. Exemplo disso é a recomendação do uso de antiácidos para tratar distúrbios estomacais relacionados ao uso de medicamentos.

Considerando que a inclusão desses fármacos pode trazer consequências medicamentosas complexas, faz-se necessário uma avaliação mais cuidadosa das queixas do paciente e solicitação de orientação do farmacêutico.

Diagnóstico errado

Fazer o diagnóstico de uma doença no paciente requer habilidades para compreender as queixas mais relevantes do ponto de vista clínico, a análise dos exames solicitados e a evolução do paciente após essa afirmação.

No entanto, na ansiedade em diagnosticar para atender um número significativo de paciente ou na inexperiência em compreender algumas nuances às vezes não relatada explicitamente, esse processo é dificultado e acaba gerando conclusões precipitadas.

Para tanto, cabe aos profissionais clínicos a atualização constante de seus conhecimentos, a imersão no contexto de prática, a discussão clínica com especialistas no assunto e o aprimoramento na utilização de recursos tecnológicos mais eficientes.

Erro no preenchimento de formulários

No mundo digital em que vivemos atualmente, o preenchimento manual de formulários pode induzir ao acometimento de erros médicos e culminar em informações incompletas ou incompreensíveis.

Nesse contexto, a falta de informações pode gerar falsa dedução e dar continuidade ao erro inicial. Considerando que o comando solicitado em formulário seja a intervenção em partes específicas do corpo, esse evento adverso pode causar dano grave ao paciente se for descrito incorretamente.

Se avaliarmos na perspectiva do faturamento hospitalar, a ausência de dados favorece a glosa das operadoras de planos de saúde, aumentando o tempo para reembolso do procedimento realizado.

Estratégias para minimizar os erros

Eventos adversos são situações que acontecerão hodiernamente no ambiente hospitalar. No entanto, é fundamental levantar as possíveis causas do problema e fazer um trabalho de conscientização.

O primeiro passo é desenvolver a cultura de responsabilização coletiva de modo a resolver e prevenir novas ocorrências e não ficar buscando os culpados pela ação incorreta ou inconsequente.

No próximo momento é importante instituir o trabalho de conscientização, expondo os riscos para o paciente e solicitando sugestões e medidas eficientes para mudar o cenário complexo nesse campo.

No exemplo das clínicas radiológicas, é interessante intensificar o treinamento sobre normas de biossegurança, elaboração do manual e outras estratégicas que facilitam a rotina de forma adequada e segura.

Eventos adversos são problemas que ocorrem no ambiente hospitalar e podem envolver diversos profissionais clínicos. Os erros médicos mais comuns são aqueles em que os comandos verbais ou escritos estão incompletos ou inadequados e dificultam a interpretação por parte da equipe multiprofissional. Para tanto, é necessário levantar os principais eventos, estabelecer políticas de prevenção e conscientizar toda a equipe para evitar recorrências e reduzir custos hospitalares.

Agora que já entendeu sobre casos de evento adverso, não deixe de ler também por que fazer manutenção preventiva de equipamentos hospitalares?

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