A radiologia ocupa um lugar de destaque na medicina, já que é uma ferramenta de apoio ao diagnóstico e tratamento de diversas condições clínicas. No entanto, o raio-X convencional é o mesmo até hoje, e a inovação na área fica por conta da radiologia digital.

Assim, enquanto alguns hospitais e clínicas investem na modernização de seus equipamentos rumo à digitalização, outros permanecem utilizando a radiologia convencional. Afinal, qual é a melhor opção?

Para ajudá-lo a responder essa pergunta, reunimos neste post as vantagens e desvantagens de cada método. Acompanhe!

Como funcionam a radiologia digital e a convencional?

A radiologia convencional tem se transformado nas últimas décadas e revolucionou os recursos radiológicos na medicina. Hoje, hospitais e clínicas que investiram em tecnologia dispõem de espaços muito diferentes do que víamos antigamente ou do que vemos hoje em locais que mantiveram suas atividades.

O raio-X convencionou surgiu pelas mãos do físico Wilhelm Röntgen, em 1895, e foi o primeiro exame com imagens criado para diagnósticos. Por meio de seus estudos, o cientista revolucionou a radiação na medicina e os diagnósticos, com isso, acabou por receber o prêmio Nobel de Física seis anos depois.

A descoberta, claro, foi essencial para a descoberta de doenças e de outras intercorrências. Hoje, a modernidade da tecnologia da biomedicina permitiu que as imagens sejam ainda mais fiéis, objetivas e claras, permitindo tratamentos mais precisos.

Na radiologia, tanto na convencional quanto na digital, a emissão de raios X e a forma como eles interagem com as diferentes matérias do corpo é responsável por gerar imagens da área radiografada.

Radiografia convencional

No método convencional, que funciona da mesma forma desde sua criação, os raios X são absorvidos em diferentes quantidades por cada tipo de tecido humano. Dessa forma, os raios X atingem o filme radiográfico com intensidades distintas.

Os equipamentos são os responsáveis pela emissão de radiação. A quantidade é controlada pelo radiologista, que determina a melhor parte do corpo e a melhor forma de obtenção dessas imagens. Os raios, então, atingem o filme radiográfico em diferentes intensidades de acordo com o tecido. É aquela “placa” escura já muito conhecida pela população.

Nessas imagens, reveladas antes da análise do especialista, é possível ver tonalidades de branco e cinza. Imagens claras mostram materiais densos e que absorveram toda a radiação emitida, ou seja, que não permitiram que o filme fosse queimado. Tons escuros mostram estruturas menos densas e que permitiram a absorção da radiação.

Radiologia digital

Já a radiologia digital se baseia no mesmo princípio, porém, a diferença está em como esses raios são capturados e processados para gerar a imagem, após atravessarem o corpo. O método digital dispensa o uso de filme, eliminando a etapa de revelação. Nesse caso, placas de circuitos sensíveis à radiação capturam os raios X, gerando uma imagem digital que é transmitida ao computador na forma de sinais elétricos.

É possível, por exemplo, analisar, editar, armazenar e até imprimir esses resultados. Isso acontece por meio de dois tipos de equipamentos, o CR e o DR. No primeiro, é necessário um leitor de placa que transmite o exame para os computadores.

No DR essa etapa é desnecessária, já que a transferência é automática. Isso torna o trabalho do médico especialista muito mais prático e rápido, otimizando o tempo e gerando diagnósticos mais certeiros.

Quais as vantagens da radiologia digital e da convencional?

Embora os dois procedimentos tenham como base o mesmo princípio, as diferenças entre eles resultam em benefícios distintos, tanto para pacientes quanto para profissionais e clínicas. Confira!

Maior definição da imagem digital

Os exames digitais oferecem uma imagem muito mais detalhada, com nitidez e contraste, possibilitando ao médico um diagnóstico mais preciso e eficaz. Além disso, é possível tratar as imagens com o uso de um software específico. Ajustar o brilho, ampliações, conversões negativo/positivo etc.

Agilidade no processamento digital

O processamento da imagem é muito mais veloz. É necessário apenas cerca de 5 segundos da captura da imagem até a exibição na tela. O método convencional leva, em média, de 10 a 15 minutos. Ademais, as imagens ficam prontas na hora e os resultados são disponibilizados para os pacientes em um prazo muito menor.

Exigências de exposição menores com a digitalização

A radiologia digital exige quantidades muito menores de radiação para a realização de exames. Dessa forna, os pacientes recebem uma menor dose de radiação, aumentando a segurança do procedimento.

Armazenamento e acesso aos resultados

Graças ao armazenamento em nuvem, os resultados de exames digitais são facilmente enviados para médicos e pacientes. Eles podem acessar de forma remota — com a telemedicina — e disponibilizados nos prontuários eletrônicos.

Preço dos equipamentos convencionais

Talvez a principal vantagem da radiologia convencional seja o valor dos equipamentos. Por isso, muitas clínicas e hospitais ainda optam por esse método em função do custo de implementação do serviço.

Maior facilidade para fazer a radiografia convencional

Outro ponto a favor da radiologia convencional é que ela requer menor capacitação técnica do operador. Basta posicionar corretamente a emissão do raio-X, na quantidade e no tempo determinado.

Quais as desvantagens de cada uma?

Embora as vantagens da radiografia digital sobre a radiologia convencional sejam flagrantes, é preciso considerar também as desvantagens de cada método:

• Um dos maiores obstáculos para a informatização dos setores de radiologia em clínicas e hospitais é o alto custo dos equipamentos;
• Exames convencionais precisam ser constantemente repetidos, aumentando a exposição dos pacientes à radiação;
• O processo de revelação do filme radiográfico gera substâncias tóxicas que poluem o meio ambiente, além de ser demorado;
• A grande quantidade de filme que precisa ser guardada ou descartada também vai contra os princípios da sustentabilidade.

A diferença entre a radiologia digital e convencional se resume na forma como a imagem é produzida. Entretanto, na prática, isso se traduz em inúmeras vantagens de um método sobre o outro, fazendo com que a radiologia digital seja a opção mais indicada.

Como escolher a radiologia ideal?

Para que você saiba qual a tecnologia ideal para sua clínica ou laboratório, é preciso analisar quais são as suas reais necessidades. Se os exames de imagem tomam muito o tempo do profissional, é importante optar pela radiologia digital. O mesmo vale para locais que não possuem espaço disponível para o armazenamento dos exames, o que é necessário no caso da radiologia convencional.

Também, deve-se analisar a importância de um laudo de radiologia mais certeiro, que se torna ideal para o paciente, já que possibilita tratamentos mais eficazes e rápidos. A radiologia convencional também exige descarte de lixo constante, havendo a necessidade de contratar uma empresa especializada para o tratamento deste resíduo.

Para escolher a melhor opção, conte com uma empresa especializada e que atue dentro do que manda a legislação e as normas de regulamentação. É necessário, ainda, que o fornecedor ofereça treinamento de radioproteção e operação dos equipamentos e softwares exigidos.

Conhecer os tipos de radiologia é essencial para que o profissional faça a melhor escolha para ele e seus pacientes. Por isso, lembre-se de tirar todas as dúvidas antes da sua decisão.

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